Nasci, em 1975, e minha mãe, infelizmente, não produziu leite e foi alí, naquele momento, que eu imprimi na minha mente inconsciente, o ABANDONO (teoria de Reich – traço de caráter ORAL). A partir deste momento, toda a minha história seguiu um curso desafiador, pois eu sentia um vazio no meu peito que não desaparecia por nada. 

Aos 06 anos, outro trauma foi impresso no meu inconsciente, com sucesso: o Rígído – pois, meus pais decidiram (separar) e eu me senti traída, excluída, trocada e, principalmente, não merecedora de ser amada trazendo consequências destruídoras.

Com estes dois traços de caráter (oral e rígida) segui e escrevi a minha história. 

O meu lado luz é encantador: eu era uma menininha sedutora, comunicativa, que gostava de brilhar, falava pelos cotovelos, líder nata, inteligente, observadora, acolhedora, amiga, justa, responsável, amorosa, carinhosa, MAS o meu lado sombra era carente, julgadora, crítica, com a energia masculina nas alturas, briguenta, falava alto, frustrada, me sentia mal amada, e nada e nem ninguém me tiravam da dor dos meus traços de caráter.

Todas as minhas ações nos meus relacionamentos afetivos (na adolescência) aconteceram a partir das minhas dores, pois eu vivia na dor. Por este motivo, eu sempre busquei a felicidade no outro. Ah, que busca incansável e desafiadora. NUNCA achei quem me tirasse da dor dos meus traços. As dores emocionais haviam “grudado” no meu coração e eu não sabia como arrancar de mim mesma o que me maltratava e me boicotava.

Me tornei adulta, e aos 23 anos terminei a faculdade e saí de Manaus para vir morar em Brasília. Aqui casei, tive uma filha, fiz mestrado em Comunicação, comecei a fazer Psicologia, em 2016, e não concluí, pois com a minha separação “pediu” que eu parasse tudo. Pensei: perdi tudo! Estava “sozinha, aos 41 anos, com uma menininha de 06 aninhos (com guarda compartilhada).

As minhas dores emocionais: 

1. Não fui amamentada;
2. Separação dos meus pais quando eu tinha apenas 06 anos;
3. Morte da minha mãe, aos 55 anos, em 2007;
4. Morte do meu pai, aos 66, em 2011.
5. Meu divórcio depois de 16 anos de casada. 

Foi aí, aos 41 anos, que eu decidi olhar para as minhas dores emocionais. Um caminho desafiador e libertador.

Descobri que as histórias familiares se repetem estudando Constelação Familiar. Foi a partir desta teoria (03 leis do AMOR) que eu ressignifiquei as minhas 05 dores mais profundas. Primeiro, eu perdoei a minha história com os meus pais por me sentir abandonada, traída e mal amada. Depois, eu busquei dentro de mim os meus pais e passei a senti-los (como se eles me guiassem), pois entendi que eu sou eles. Somos um só! Por fim, me perdoei pela separação e por ter trazido dor a minha filha (assim, eu acreditava). Na prática, ela é Oral (se sentiu abandonada por eu não ter  produzido leite) e é Psico (traço de caráter impresso quando começa a andar – se sente injustiçada). Mas, essa é a minha história, então vamos voltar para o ano 2019.

Neste ano, eu já havia me tornado uma nova Andréa – me sentia em paz, vivia com as energias masculina e feminina equilibradas, o meu potinho do amor estava cheio. Consegui idenfificar os meus traços de caráter e me curei das minhas 05 (cinco) dores emocionais, com a Hipnose, PNL (reprogramação mental), EFT Tapping e Constelação Familiar.

Em 2019, me tornei Hipnoterapeuta e especialista em EFT Tapping, e comecei a atender como terapeuta. Dezenas de vidas transformadas! Em 2022, me tornei Psicanalista para aprofundar um pouco mais na Teoria de Freud e Reich. Em 2023, me tornei Consteladora Familiar Sistêmcia e, hoje, estou criando o meu primeiro grupo terapêutico usando a contoterapia e vou usar os contos da Larissa Pinkola Estès.

Hoje, aos 48 anos, e em 2023, tenho a agenda lotada, dou palestras em empresas para falar sobre os traços de caráter (Esquizoide, Oral, Psico, Masoca e Rígido) e o impacto positivo e negativo que eles trazem para a vida (pessoal e profissional) das pessoas, escrevi dois livros digitais (I love me: o amo-próprio não tira férias e O Corpo Fala) que estão para a venda no link da minha bio no Instagram (@comoelaconsegue), criei um minicurso de amor-próprio e mais dezenas de meditações guiadas que estão postadas no meu canal no YouTUBE). 

Não esqueça: o amor cura!

Da sua Psicanalista  Terapeuta

Andrèa Vãsconcéllos